SER


Alinhada no meio da paisagem. Dominante. Direita. Altiva. Solitária.

Alinhada. Pelo que é, pelo que representa, pelo que transmite a quem a admira.

Dominante. Sobressai no meio de outros por ser diferente, estóica, resiliente.

Direita. Apesar do terreno desalinhado. Apesar dos ventos e tempestades que tentam deitá-la abaixo.

Altiva. Confiante de quem é e segura de que nada nem ninguém justifica o perder-se de si.

Solitária. Ser uma em mil. Não pertencer ao normalizado, ao catalogável. Não se reger pelas regras habituais. Ser única. Ser diferente de tudo e de todos.

Durante muito tempo, a procura foi no sentido de diluir entre a multidão, pertencer a um grupo, não levantar ondas. Ser quase invisível.

Até um dia. Até um dia em que diluir significava a anulação. A não-existência. O não assumir o que se é. E o que ainda se pode ser.

Agora... agora é Explosão. Luz. Sirene. Farol. Centro. Visivel. E está tudo bem. 

A Essência não pode estar escondida. Tem de Ser em pleno. Estar em pleno. Reluzir. Transplandecer. Em pleno.

A quem ela ofusca... o caminho está ainda para ser feito por elas... não depende de mim. Não é da minha responsabilidade. Nao me cabe resolver.

A mim só me cabe respeitar-me. Ser fiel a mim. À minha Essência. O resto... o resto aguarda-se. O resto confia-se. No Universo, que terá o seu Plano para mim a andar. E na Vida, confiar que ela trará exatamente o que preciso, quando estiver para isso preparada.

Até lá, Ser. Sempre. Sem medo. E Ir. Em Frente. Hoje. Aqui. E Agora.

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