13...


Tu, catalizadora das mudanças viscerais.
Tu, furacão de força e foco. 
Tu, que mostras sempre o espelho. Do que muitas vezes não queremos ver.
Tu, que vives sempre intensamente a Vida.
Tu, que pertences ao meu núcleo muito restrito. De pessoas favoritas. 
Tu, que ainda só completas hoje 13 Voltas ao Sol.
Tu, minha filha Diva. 
Tu, minha Marta... 
Parabéns... 

VEJO E HONRO-TE...

Ontem completaram-se 11 anos do falecimento do meu pai.
Houve anos em que este dia, 16 de Outubro, não ocupou espaço na minha memória. Houve anos em que rejeitei sentir emoção alguma, com o medo cobarde da dor.
Agora... Assinalo no coração este dia. Como o dia em que partiu deste mundo físico. Apenas. Porque a cada ano que passa, me permito compreendê-lo mais um pouco. Me permito perdoar. Me permito curar as minhas dores. E com isso curar, também, em parte, as suas.
Sinto-o. Sei que olha por mim. E pelos netos. Adora-os a todos. Aos que conheceu e aos que já não lhe conheceram o colo forte e seguro que os seus braços ofereciam. Sei que foi o pai que conseguiu ser. Não o que quis. Mas o que conseguiu... 
Sei que nos seus últimos tempos de vida, os arrependimentos e remorsos o martirizaram. Foi cedo demais. Foi cedo demais...
Sinto saudades tuas, caramba. Gostava de te poder dizer nos olhos que gosto muito de ti. Que está tudo bem. E que sempre desejei os teus abraços. Para me sentir protegida. Embora nunca te tivesse pedido. E tu nunca tivesses conseguido dar.
Mas está tudo bem. Está tudo bem, pai. Está mesmo... tudo bem...