ÉS MAIS DO QUE


Tu não és o que te acontece. Nem o que te aconteceu. O que te fizeram. Ou o que fizeste. E pediste que acontecesse. És, também, fruto de. Mas não és isso. Só isso. Molda-te, muda-te, ajuda-te a te posicionares. Mas não altera o teu centro, o teu EU.

Por isso é fácil caminhar contigo. Querer fazê-lo sempre. Para sempre. Porque o primeiro vislumbre que de ti tive, foi de quem eras. Ainda antes de conhecer os teus olhos, o teu sorriso, o teu abraço. Apenas quem eras...

Não me deslumbrou o teu Ter. Arrebatou-me, por completo, o teu Ser. Percebi, em pouco tempo, que eras mais do que mostravas. Por cautela. Que querias mais do que dizias. Por medo. Que davas mais do que exibias. Por pânico. De te esborrachares por completo...

Por isso é fácil estar ao teu lado. Querer a protecção dos teus braços diariamente. O calor do teu olhar sobre mim a cada segundo. Porque o teu centro é limpo, puro, quente. O teu EU reluz, mima. Cuida....

Dúvidas temos todos, de quando em vez, muitas vezes pelo Medo incitadas: se merecemos, se é para durar, se nos amam à séria....

Mas uma certeza inabalável percorre e marca este nosso caminho: estamos juntos. Mão dada. Amor sereno. Fluído. Forte. 

E com este Lado Certo a bater no coração, tudo se encaixa. Se resolve. Se supera. 

Tudo...

MÃOS QUE SENTEM


Prazer. Prazer puro. O que sinto quando adormeço totalmente envolvida no teu abraço.

Protecção. O que me aconchega quando os teus braços me amparam durante a noite e eu te sinto junto a mim.

Mimo. O que me dás quando me olhas com ternura. Quando sinto o teu alívio por finalmente a saudade desaparecer.

Amor. Intenso. E sereno. Sempre. Quando me dás a mão. Partilhamos gargalhadas. Provocamos suspiros. Elevamos emoções. Acalmamos pele. Construímos cumplicidade.

Mão que segura a outra. Ampara. Acaricia.
O Coração...
A Alma...
Os Sentidos...

Mãos que sentem. Com ternura. Paixão. Amor.

Sempre.
E para sempre.
Juntos...

SER. FELIZ. SÓ


O Medo... o Medo tem um poder enorme sobre nós. Assim que lhe damos espaço, invade a nossa mente, tolda-nos as emoções e paraliza-nos as acções, qual tsunami feroz e impiedoso.

O Medo... retira-nos o livre arbítrio. Passamos a agir como se não fôssemos donos e senhores do nosso destino. Das nossas escolhas. Do nosso caminho.

O Medo... impede. Tapa. Bloqueia. Trapaceia.

E quando julgamos que o que nos move não é o Medo mas sim a cautela, a racionalização, a análise objetiva... é quando ele se instala de verdade. Porque o validamos, mascarando-o. Sem pré-aviso...

E o que podia ser vivido não o é, por Medo.

E o que podia ser feito não o é, por Medo.

E o que podia ser amado não o é, por Medo.

Mas... medo de quê?!? Ui... nunca mais acabava de escrever, se enumerasse tudo o que nos impede de viver em pleno.

No que a mim diz respeito, eu sei de que tenho medo. Da Felicidade. Procuro-a incessantemente. E sinto-a, mais frequentemente. Mas tenho um medo do caraças dela.

Porque a tristeza, a infelicidade, foram os meus companheiros de vida durante muito tempo. Nesse terreno eu movimento-me bem. Nesse local obscuro, eu não preciso de mapa. Não me perco...

Mas a Felicidade... é uma morada nova. Vou até lá, mas ainda sem plena confiança. De que mereço. De que lá  pertenço. De que lá posso habitar. Para sempre.

Neste momento o Medo é meu escravo. E eu dele. Estupidamente, vou-lhe dando espaço de quando em vez.

Mas, pela Luz que me guia, pelo Universo que por mim olha e por este Amor que me acolhe, as grilhetas serão finalmente quebradas. Para sempre.

E só haverá uma opção e uma opção só: Ser. Feliz. Só...

FAZ...

Prefere os abraços aos likes. Pede beijos e retribui a dobrar.

Elogia. Para veres o sorriso. E o outro sentir o mimo.

Diz que gostas. Sempre que sentires vontade.

Recebe de volta. Sem pudor.

Aceita que mereces.

Aceita. Aceita. Aceita.

Cuida. E deixa-te ser cuidada.

Ama. E deixa-te ser amada.

Oferece colo. Incondicionalmente. E integra que a ele tens direito. Incondicionalmente.

Acredita. Que virá.

Se já veio, acredita que podes. Que o tens. Que é teu. Por direito.

Desvia os julgamentos.

Dá-te conta das armadilhas. E faz-lhes uma finta.

E... pelo Universo que te resguarda... e pela Luz que te acolhe... Vive.

Sem medo.

Livre.

Serena.

E em Paz...