APESAR DO MEDO, IR


Isto da entrega pode ser tramado. Se for incondicional. Como acho que, em certos assuntos, deve ser.

A entrega emana disponibilidade total, peito aberto, permeabilidade total do Sentir, absorção sem filtros do que vem. Seja bom ou mau. E é aqui que o tramado espreita...

Peito aberto. Braços estendidos. Coração a fervilhar. Uma linha muito ténue separa a vivência de algo extraordinário, bonito, leve... de algo sofrido, traído, sufocante. 

Porque peito aberto significa também exposição. Vulnerabilidade. Levar com o que der e vier. Sem saber se é violento ou doce. E se vai aguentar o embate.

Difícil perceber o que fazer, como agir, em determinadas alturas. Principalmente quando o Medo resolve aparecer de fininho e nós, distraídas, lhe damos um pouco de atenção.

O nosso instinto de sobrevivência instiga-nos sempre a fugir da Dor. Mas recolhermo-nos num canto e não Ir, não Arriscar, não Viver... é igualmente doloroso, só não o percebemos no momento.

Na dúvida... ainda assim... é para Ir. Seguir em Frente. Vamos lá.

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