SÓ TUDO


Duvidas. Duvidas sempre. O que vale - o que te vale, minha Pessoa - é que o Universo está-se pouco a marimbar para as tuas dúvidas.

A Luz ilumina-te. O Amor rodeia-te. A Paz espera-te. 

Mesmo que coloques em causa. Ainda que duvides. De tudo. De ti...

O que tem de Ser, Será. E... quase dá medo só vislumbrar... mas está a Ser. Tudo. Tudo...

Por isso minha Pessoa, deixa-te de m@rdas...

Aceita. 
Abraça. 
Saboreia. 
Vive. Vive-o. 
Só isso... 
Só tudo...

RESPIRA...


Presta atenção. Presta bem atenção. Pára por um minuto. Pára...

Respira fundo. Bem fundo. Está aí. Mesmo à tua frente.

Pára de arranjar desculpas para fugir, motivos para desligar, razões para bloquear.

Abre o peito. Abre-o bem. E deixa entrar. Deixa, caramba!

Porque se continuas nesse registo, de dar espaço ao Medo, ele vai engolir-te.

E nunca mais verás a Luz.

Nunca mais sentirás o prazer de respirar.

Nunca mais tomarás o sabor do que é incondicional.

E para a Vida...

EU. TODA...


Sem medo. Sem vergonha. Levantar a cabeça e exclamar "mas que raio quem quer que seja tem a ver com o que digo ou faço?!". Virar a página, as páginas que eu entender. Dos livros que me apetecer desfolhar. Dedilhar as palavras. As frases. Saborear os seus sons. Arrumá-los na prateleira dos já lidos. Seleccionar outros...

Integrar que sou realmente Livre. Livre... Liberta de preconceitos, de pressões sociais, de pressões pessoais. Integrar que só me impede a vontade. A minha. E essa, está com a rédea solta. Dou-lhe corda. Para experienciar.

Porque só vem até nós aquilo em que nos focamos. Por isso, convém nos focamos realmente naquilo que queremos.

E eu quero mais. Quero tudo. Em pleno. E, para isso, eu tenho de ser Livre. De amarras socialmente castradoras, de julgamentos alheios, de validações insensatas e infundadas dos outros. Sobre quem eu sou e como hajo.

Caminho nada fácil de percorrer, este. Do ser Livre. Dos julgamentos alheios. Sente-se perfeitamente a tentativa de enlaçar-me, para me amarrar. De me rasteirar, para eu cair. De me enganar, para me confundir. 

Caminho nada fácil... 

Porém, a cada quilómetro percorrido, mais o quero continuar. Mais o coração o valida. Mais o corpo o pede. Mais a Alma o reclama.

Porque é por aqui, é por aqui que vou lá chegar. Ao cume. Da Serenidade Plena. Da Luz Imensa. Da Paz Total. 

De Mim. Toda...

SÓ ISTO...


Quero sentir borboletas na barriga. Quero suspirar, desesperar, ansiar pela próxima vez. Quero estremecer quando me recordar da última. Quero sorrir com cada mensagem recebida, derreter-me com cada telefonema trocado, faltar-me o ar imediatamente antes de voltar a vê-lo.

Quero estar sempre no seu pensamento. Quero que o seu coração se encha de saudade sempre que não está comigo. Quero que a sua pele arda de desejo por falta da minha. Quero que me seduza, me surpreenda, me conquiste, me arrebate. Quero que nunca assuma que estou garantida. Quero que me conheça, me sinta, me ame incondicionalmente. Quero que me respeite, me estimule, me ensine. 

Quero sentir que evoluo. Que cresço. Que me impulsiono para a frente. Por nos darmos um ao outro. 

Quero esquecer o amanhã. Viver o Agora. Sentir o Aqui. Sem planos, nem pressões, nem exigências. 

Quero apenas que nos descubramos. Amando-nos.

Apenas isto. O Essencial. Para mim...

EXISTIR


Não existe isso de confiar demais. Existe sim o se exigir ao outro que se oriente exactamente pela mesma cartilha, pelos mesmos valores, pelo mesmo Norte.
... quando cada um de nós tem vivências diferentes...

Não existe isso de alguém mudar de repente. O que existe é a nossa deficiente competência em interpretar linguagem não verbal, atitudes sintomáticas, reacções sistemáticas a determinadas situações. 
... quoficientes de Inteligência Emocional baixos... 

Não existe isso de não se poder dar tudo. Existe sim um medo exarcebado de lidar com a dor da desilusão, a raiva da frustação, o esmorecimento da paixão.
... não se sabe Viver em pleno...

Anda meio-mundo a sobreviver no morninho, no deixa-andar. Com receio de ser enganado, traído. De sofrer. 

O que passa despercebido a esse meio-mundo é que viver a meio gás, é também uma forma de sofrimento. Lenta. Que devagarinho vai apertando a garganta, fechando o coração, contraindo as veias do corpo. Vai-se estagnando...

O outro meio-mundo... anda a cair, a levantar-se de seguida, a esbardalhar-se todo mas a curar as feridas, a amar intensamente, a sofrer também... Mas a Viver. A experienciar. A sentir o sangue a pulsar nas veias, o coração a bater forte no peito. A ter amores para a Vida, amizades para todo o sempre, nucleos duros de Luz. Pessoas-Luz à sua volta. 

Serenidade com fartura. Simplicidade. Leveza. Momentos de pura Felicidade. Pura Felicidade... a preencher a Vida. A agarrá-la com unhas e dentes e a assumir " é só uma, caramba! Vamos fazê-la valer a pena!"

E só isso... existe.

BACK TO BASICS #11


INFÍMA SABEDORIA


O que acho que sei da Vida? Muito pouco. O que sei efectivamente? Menos ainda. Muito para aprender? Absolutamente!

Mas a tela não está em branco. Não...

Do pouco que já integrei... e nas infímas certezas que guardo em mim...

... sei que tenho quem me queira bem. Muito bem.

... sei quem constitui o meu nucleo duro. Inabalável. Indestrutível. Cuja coesão não se rege pelo tempo passado junto ou o espaço geográfico de proximidade.

... sei que algumas pessoas vieram. E foram. Porque esse era o caminho delas. E o meu também.

... sei que algumas pessoas vieram. E ficaram. Não no papel que seria esperado, mas supreendentemente num ainda melhor. Para elas. E para mim.

... sei que o meu coração é infinitivamente elástico. Abraça mais do que eu julgava possível, perdoa mais do que eu pensava, agrega mais do que eu alguma vez imaginei.

Sei que sou Livre. Sei que só a prisão que eu me impuser me poderá travar. Sei que sou muito. Imensa. Sei que a Vida tem ainda algo fabuloso para me dar. Só tenho de aguardar, com o Coração desprendido. E a Alma liberta, leve, aberta.

Sei ainda muito pouco. Mas acho que vou sabendo... o Essencial.

JAMAIS ABDICAR DA ESSÊNCIA


Isto de a mulher não precisar do homem, financeira e emocionalmente, para existir; estar com alguém exclusivamente porque lhe apetece e não porque sem um homem ao seu lado não se valida... é assustador para alguns espécimes masculinos. 

Tão estratificada a figura masculina, tão dogmática ainda a posição que a mulher deve ocupar, nesta sociedade... que alguns homens acabam por não saber muito bem onde se encaixar e qual o seu papel na relação. Mesmo que a relação não exista sequer, se esteja ainda na fase do conhecimento mútuo.

A mulher não é submissa, desprotegida, alguém a tomar conta de. E aplaude-se essa autonomia. Mas por mais que se ache sexy e sensual uma mulher poderosa, que sabe muito bem quem é e o que quer, isso assusta. Querem algo diferente, mas quando esse diferente lhes aparece à frente, não sabem o que fazer. E começam logo a procurar a porta de saída.

Longo caminho a fazerem, estes homens. De crescimento, de amadurecimento, de construção da auto-confiança...

Por cá, ceder nem que seja um milímetro de quem se É, do que se Quer e Quando... totalmente fora de questão. Caminho solitário? Seja. Abdicar da Essência. Nunca...

SER TUDO


Sede de pele. Fome de amor. Calor que não arrefece. Frio que derrete. Ser Extra. Ser Mais. Não encaixar na norma. Não encaixar na caixa. Sair da regra. Estar a marimbar-se para a opinião alheia. Estar a marimbar-se para o que julgam, vomitam e tentam injectar sobre si. Assumir o corpo. Assumir que faz com ele o que lhe apetecer. Com quem lhe apetecer. As vezes que quiser. Ser Mulher. Ser fogo. Gritar que gosta. Muito. Adorar o prazer. Adorar adorá-lo. Ser livre. Procurar o Amor. Procurar nele tudo. As vezes que quiser. Com quem quiser. Assumir que está nem aí para o que pensam sobre. Questionar o sobrolho franzido - que direito julgas tu que tens para me condenar seja do que for? Mostrar a Alma. Mostrar o sensual. Mostrar o feminino. Sem pudores. Sem medos. Ser. Em toda a Plenitude. E o resto... que vá passar hidratante nos cotovelos...

ÉPICO


O timing... o raio do timing...

Era um ano antes. Um ano, um mês, 10 anos... antes. E seria épico. Teria escrito outra história. Dado outras voltas. Falado com a Vida num outro registo.

O raio do timing...

Já sei, já sei e integrei que tudo acontece na hora certa. Nem antes. Nem depois. E que o que podia ter sido mas não foi traz ensinamento. E o que foi mas desejado que não tivesse sido, também.

Mas caramba!... Vidas que vêm... e não ficam. Porque não é o timing certo. Delas.

(... e meu...)

Ficamos a observá-las a pisar a estrada. Do Ir. A dar outras Voltas, a cruzar outros Caminhos. E nós aqui, saudosas. Muitas vezes apenas e só do que quase foi.

Ainda assim, o sabor foi degustado. O perfume entranhado. A pele sentida. Mesmo que só na doce nuvem dos sonhos...

Que o desejo do que quase foi abrace com mimo o que quero que seja. Que acautele os medos, proteja as esperanças, escude o peito aberto e beije o coração pulsante.

Sempre com esta certeza gravada na Alma: Vai ser. Quando o Coração se alinhar. E o Universo entender. Que é o timing certo. Para ser Épico...

IMPOSIÇÃO


Impõe. Impõe-te... Ergue. Ergue-te... Levanta a cabeça. Levanta-te...

Assume. Assume-te... Olha nos olhos. Fixa-os... Reclama. Reclama-te...

Aceita. Aceita-te... Ama. Ama-te.... Ouve. Ouve-te...

Porque se não o fizeres, minha Pessoa., se não o fizeres... o tempo passa e tu passas ao lado.

Porque se te distraíres, minha Pessoa, o Amor não espera muito mais por ti.

Porque se continuares a fugir de ti, minha Pessoa, podes perder-te. Para não mais te encontrares.

Abre as tuas Asas. Deixa o teu Brilho fluir. E guarda bem perto do teu Coração esta Certeza: a tua Hora está a chegar...

PODER COM ASAS


Sempre que foco totalmente a minha atenção no que o outro disse de menos positivo sobre mim, entrego-lhe poder.

Sempre que desgasto demasiada energia por causa de uma atitude errada do outro sobre mim, entrego-lhe poder.

Sempre que sinto raiva por causa da energia pesada do outro sobre mim, entrego-lhe poder.

O meu. 

Sempre que me desalinho de mim, estou a abdicar do meu poder. Do meu centro. Da minha certeza. Do meu equilíbrio.

Sempre que me esqueço de que o que o outro diz ou faz, não é realmente para mim, entrego-lhe parte do meu poder. Porque o outro nada tem de pessoal contra mim. Essa é uma certeza absoluta. O que o outro tem é, ainda, desalinhamento. Desconhecimento da sua própria Luz. Desconfiança de que seja igualmente merecedor dela, como eu. E então, projecta. As suas frustações. Os seus desesperos. As suas inseguranças.

Sempre que me esqueço de olhar para o outro com compaixão e amor e retribuo com raiva, estou a dar-lhe poder. Para continuar a sentir-se inseguro. desesperado. Frustado.

Poder retirado não alimenta. Corrói. 

Poder merecido, integrado, trabalhado... amplia. Ilumina. Transcende.

Integra para sempre esta Verdade absoluta: não precisas do meu Poder. Tens o teu. Omnipresente. Magnificiente. Pleno.

Reconhece-o. Aceita-o. E permite-te Voar, de uma vez por todas, com Ele...

DUALIDADE DO EU


Dualidade com que se convive, se tolera, pacificamente. Agora. Nem sempre facilmente negociável. Nem sempre fácil de discernir, de intuir, de aceitar.

Porque olhar o passado, com a lente do presente, por vezes dói como o caneco. Por vezes, castigamo-nos sem dó nem piedade porque não compreendermos como foi possível ter estado ali tanto tempo, ter lidado com a Vida daquela forma, ter magoado tantos corações alheios. E o nosso. Friamente. Sem nos darmos conta de nada. Sem nos apercebermos do que estava a acontecer...

Mas... hoje já não somos aquela pessoa. Hoje, o nosso coração bate de uma nova forma. A nossa Vida é admirada com um novo olhar. As nossas escolhas são encaradas com um discernimento novo, mais translúcido, pleno de sabedoria e experiência acumulada. Acumulada pelo que foi.

O Antigo pode ter cicatrizes. Tinta lascada. Paredes cheias de fissuras. Mas é a partir dele que o Novo se define. Se distancia. Se destaca. Se impõe.

Abraçar o que foi. Olhar com ternura para as dores que trouxe. Guardá-lo com Amor no coração. Contemplá-lo de quando em vez e exclamar "Caramba!, vê lá o caminho que já percorreste, as provas que já ultrapassaste, as amarguras que já conseguiste adoçar..."

Celebra-te. Mima-te. Cuida-te. E perdoa-te. Não és perfeita. És apenas Tu. Com o Antigo e o Novo dentro. Como assim deve ser.

PROMETO...


Tenho-te descurado, meu amor. Tenho colocado em ti uma carga que não tens de suportar. Perdoa-me.

Sei que és forte. Mais do que Hércules. Sei que és imenso. Mais do que o Universo. Sei que brilhas. Mais do que o Sol.

No entanto, és frágil. Precisas de amparo. Pedes, de quando em vez, que te abrace e envolva no meu colo. Que te proteja.

Não o tenho feito. Perdoa-me.

Meu coração, coração meu... bates-me com uma violência furiosamente deliciosa. Vibras-me numa frequência loucamente magnânima. Orientas-me numa certeza absolutamente transcendente.

No entanto, descuro-te. Deixo-te a aguentar tudo... sozinho. Escondo-te... do Sentir. Enfio-te numa gaveta... para não me recordares que estou a desviar-me, a desalinhar-me, a afastar-me de quem Sou. Perdoa-me.

Neste caminho solitário de permitir, finalmente, que a minha Essência brilhe, seja Plena e se baste, atropelo-te. 

A estrada é acidentada. As pedras a barrar o percurso muitas. Ainda assim, o que tem sempre de estar seguro, és Tu. As minhas mãos têm sempre de te segurar. O meu peito tem sempre de estar aberto, fluído e sereno, para que cumpras o teu propósito: Bater. Pulsar. Sentir. Enebriar. Tudo.

Prometo proteger-te. Aqui. E sempre. Prometo... 

LIVRE


Domingo. Sair da cama devagar. O corpo desliza lentamente dos lençóis para o chão.

Abrir o peito. Respirar fundo. O dia é teu. Livre. Para fazer o que te apetecer.

A praia chama-me. O céu veste-se de cinzento, a chuva espreita. Mas a praia chama-me. O Mar reclama a minha contemplação. Os meus pés exigem o toque na areia. Mesmo que molhada pela chuva.

Solidão. Das boas. Das que te serenam. A única na praia. Caminho pela linha de água, sentindo o prazer do pé na areia e a água pelos tornozelos. Calças molhadas pelo Mar que me atinge. Pouco me importando com isso.

Estou comigo, com o Mar, com a completitude deste momento. Deste Aqui e Agora. Perfeito.

A chuva cai. Resisto a abrigar-me. Permito-me sentir as suas gotas a polvilharem o meu cabelo, a minha face, a minha alma.

Silêncio absoluto. Do pensamento. No coração, pulsa a emoção de apenas Estar. De apenas Sentir. Sem "ses" ou "mas".

Na alma, serena o Ser. Existe-se apenas. Desligam-se todas as fichas de preocupações e ansiedades que diariamente nos perturbam a Paz.

Hoje não. Aqui nada. Agora... Tudo.

A CONSPIRAR POR TI...

 

Podia ter acontecido, mas não aconteceu.

Podia ter sido, mas não foi.

Podia ter dado, mas não deu.

...

E se tivesse dado, estarias onde estás agora?

E se tivesse sido, terias o que tens agora?

E se tivesse acontecido, serias quem és agora?

...

Olha para o passado sim. Mas apenas para te situar devidamente no presente. E te alinhar no futuro.

Porque a Vida sabe sempre o que faz. E o Universo conspira em todas as Voltas ao Sol a a teu favor. 

Por isso, minha Pessoa, integra de uma vez por todas este Mantra: Viver o Aqui e Agora.

Por isso, minha Pessoa, espera. Pacientemente. O que é teu a ti há-de chegar. Quando estiveres preparada.

Por isso, minha Pessoa, cabe-te, por agora, apenas respirar. 

Respirar. 

Respira...

DESAPEGA. E BRILHA.



Rai´s parta a porra da inveja!

Se és magra, passas fome.

Se és simpática, és falsa.

Se te prestas a ajudar, és graxista.

Se tens roupa nova, ganhas demasiado.

Se não sabes do ultimo boato, andas a leste de tudo.

Se és exigente, és cabra,

Se facilitas, és irresponsável.

Se te divertes, és estouvada.

Se és promovida, dormes com o chefe.

Se, se...

Julgamento feito e atirado para cima. Sem dó nem piedade. 

Simplesmente não te vêem. Não te querem conhecer. A fundo. 

Nas suas cabeças, fazes-lhes sombra. Pensam que não estão à mesma altura.

Nada mais falso...

Nos entretantos da vidinha contida na concha, vão vivendo nesta falsa verdade, inconsciente e podre: "ela é mais do que eu"; "brilha mais do que eu"; "nunca vou conseguir ser igual".

(...mas não tens de ser igual a mim. Tens apenas de ser tu. E tu... tu já brilhas... tanto... apenas ainda não o percebeste...)

E os únicos actos de sobrevivência que a Mentira instiga a fazer é minar. Desdenhar. Espalhar a Sombra...

Desapega-te da inveja. Ela apenas te tolda a visão. Tapa a tua Luz. E impede-te de sentires o quão grandiosa és...

A mão está aqui. Pronta a ser estendida, pronta para agarrar a tua. Basta o quereres. 

Podemos caminhar juntas. Lado a lado. Podes brilhar, ainda mais, comigo.

Vamos...?

AMOR ESPECIAL


É boa a partilha. Oferecer-te mimo. E receber de volta. Saborear a doçura do que passou, mas que permaneceu indelével nas nuvens do sonho vivido.

É bom saber-te aqui ao lado. Ao dobrar da esquina. À mera distância de uma mensagem, de um toque, de um telefonema.

É bom ser tua parceira na cumplicidade do nosso segredo. Todos os dias construído, alimentado, protegido.

É bom conhecer-te pedaço a pedaço. Mimar-te. Amar-te. Ao meu jeito. Amar-te, apesar de tudo. Acima de tudo. Um Amor que não encaixa em regra nenhuma, em gaveta alguma. Muito próprio. Nosso.

Em cada troca de cromos da nossa caderneta, entrego-te um pedaço de mim. Um pedaço do meu coração. E em mim guardo os pedaços do teu, que com tanta candura me dedicas também.

Em mim bate o teu. Como em ti bate o meu.

Seja eterna esta Simplicidade. Esta Leveza. Esta Cumplicidade. Este Amor. Nosso...

DESPOJO DA ALMA

Museu da Escravatura, Morro da Cruz, Luanda, Angola

Choca. Arrepia. Dá calafrios. Quase que se consegue ouvir os gritos de dor, os uivos de desespero, os murmúrios de desalento e desesperança.

Despidos da sua humanidade. Agredidos na sua integridade fisica. Despojados da integridade da sua alma.

As correntes aprisionam o corpo. O chicote castiga a pele. A Alma. 

Procura-se anular o que caracteriza o ser humano: sentir, pensar, amar. Não é permitido amar quem se quer. Não é permitido pensar o que se quer. Não é permitido pensar sequer. Sentir...só obediência. Pelo seu dono. Como se de um objecto este corpo, esta alma, se tratasse.

Periodo terrivel da nossa História. O que somos capazes de fazer ao outro. Imbuidos de uma verdade inventada. Mas validada. Sem questionar.

Mais terrivel ainda... continuar a acontecer. No nosso tempo. Na nossa hora. Ao nosso lado. Com outros contornos bem mais subtis. Bem mais socialmente enquadráveis. Mas ainda assim, escravatura. Do outro.

E de nós próprios. Que somos reféns das nossas crenças dogmáticas, da nossa falta de empatia. Que nos aprisionados dentro da nossa falta de amor, de humanidade, de respeito pelo outro. No fundo, respeito por nós proprios...

Que eu não seja escrava das verdades inventadas. Que eu pense sempre. Que eu sinta sempre. Que eu tenha a coragem de amar, sempre. Para que não escravize ninguém. Nem seja escrava. De mim própria...

MENINAS-MULHER


Uma Mulher ainda a perceber como dar a mão à sua Menina.

Uma Menina a tornar-se Mulher.

Uma Mulher-Menina que deixou os sonhos ficarem na gaveta. Durante algum tempo. Muito tempo.

Uma Menina-Mulher com todos os sonhos a pulsarem-lhe no coração, na alma, no corpo. Com uma vontade sôfrega, faminta, de concretizar, de viver, de Ir.

Uma Mãe que percebe onde a Filha está. Ainda se lembra da transformação, do corte brusco com a inocência, da sede de ser tempestade, de ser caos. De levar tudo à frente, de fazer terraplanagem à meninice. Para erguer furiosamente e com orgulho o ser agora Mulher.

Uma Filha que olha ainda para cima. Para a sua Mãe. Que sabe que ela está mesmo ao seu lado. Que sente que o seu caminho é só seu. E que só ela o pode percorrer. Na certeza porém de que a Mãe olha. Vê. Osculta. Redireciona. Aponta. E quer que ela voe. Bem alto. 

Mesmo que isso signifique ir para longe dela. Mesmo que isso signifique rasgar o peito, apertar as visceras até doer, pôr o coração a sangrar, violentamente. Porque a Mãe sabe que quem tem de Voar, jamais pode ser contido numa gaiola. Sob pena de definhar. Ser uma sombra. Um vulto. Quase nada. Até ser Nada...

Uma Mulher-Menina a recomeçar. 

Uma Menina-Mulher a começar.

Dois caminhos. Mãos dadas. Juntas.

Sempre...

AGUARDA O EXTRAORDINÁRIO


Deixa-te de me#@as!

Pára com o "tá bom assim"! Não te contentes com o "morninho", com o "deixa andar", com o "logo se vê" ou o "se calhar é melhor assim". Estica o dedo ao "vai-se andando", ao "pelo menos é alguma coisa" e ao "se calhar não consigo melhor".

Acaba com as mentiras auto-incutidas. Deixa de ser uma cabra contigo.

Tu és extraordinária!

Por isso, aceita apenas o que te iguala, o que equipara, o que te soma. Nunca o que te diminui.

Porque o que te diminui não te merece. Não te aquece. Não te ilumina.

E caramba!, tu és Luz, tu és Fogo, tu és Tudo.

Intimidas, dizem-te... pois, se calhar...

Mas grava no teu coração esta Verdade absoluta: o que é teu a ti há-de chegar. Grandioso, poderoso e Extraordinário. Como tu.

Aguarda, Luz, aguarda... Com calma. Serenidade. E Amor...

DOS AMORES



Temos o raio da mania de classificar, dissecar, espartilhar, estereotipar, engavetar, etiquetar... o que não encaixa em tabela, gaveta, diagrama, escrutínio... algum. O Amor. 

O Amor é livre. Infinito. De todas as cores. Não tem género, idade, religião. É incondicional. É gratuito. É Luz, é Paz, é Vida. É Tudo.

E no Tudo, todos os Amores cabem: Amor de pais, de irmãos, de filhos, de amigos, de marido e mulher, de amantes, de companheiros... todos eles são válidos. Todos eles são Amor. Incluindo o que está ligeira mas essencialmente acima dos demais: o Amor próprio.

Amor é Amor. Procura-o. Vive-o. Recorda-o. Celebra-o.

Proibe obstinadamente que to roubem. O Amor por ti mesma.

Barra todas as tentativas de te mancharem o coração com falsas crenças. De que não encontrarás jamais o Amor, que até podias mas já é tarde, que já não tens idade, que já tens bagagem...

Elimina da tua vida tudo e todos os que pretendem minar o teu chão. Retirar-te a Luz. Desviar-te do caminho. Do caminho do Amor.

Faz tudo isto. Por ti. Por Tudo. E se fores fiel a ti e ao Amor que te tens, o Universo conspirará juntamente com a Vida.

E quando menos esperares...

LUZ


Deixa fluir. Não forces nada. O que tiver de vir, virá. O que para ti estiver guardado, a ti será entregue. 

Mas sêlo-á apenas quando estiveres preparada. Para receber. Para integrar. Para viver em Pleno.

Até lá, Vive. Sem expectativas. Sem pressões - sobre ti e sobre os outros. Entre querer muito e estar preparada para... um caminho os separa. Percorre-o. Com todas as pedras a magoar, todos os desvios a baralhar, todas as tempestades a obrigar a parar e recuar, todos os medos a empatar e paralisar.

Mas que sejam mais fortes os Sonhos. Os teus... Que a Luz dentro de ti domine a escuridão que o Medo alberga. Que o peito aberto e os braços prontos a abraçar a Vida afastem os receios. E acolham o que devidamente mereces.

Mereces tudo...

Que a vontade de Amar seja sempre magnânime. E que abafe sempre, por completo, o medo da Dor.