Quase 3 anos depois, finalmente coloco estas senhoras no lugar idealizado
há já algum tempo, para serem vistas e admiradas. Apaixonei-me logo por estes
quadros. Comprei-os na Feira de Artesanato de Luanda, com a intenção de trazer
mais um pouco daquela terra que tanto me deu, tanto me ensinou, tanto me
marcou.
Representam mulheres guerreiras, sofridas, nutridas de uma força e
resiliência herculeanas. Mulheres que do nada fazem tudo. Mulheres que
trabalham o dia inteiro a vender na rua, sob um Sol escaldante, para ganhar o
suficiente apenas para a refeição do dia. Aqui não há o amealhar e sobrar
dinheiro. No dia seguinte, recomeçam tudo de novo. Com um filho pela mão e um
bebé nas costas.
Mulheres de garra, de fibra. Para elas não existe a palavra desistir.
Desistir significa o Fim. Para elas e para os seus filhos. Admiro-as até ao infinito.
Relembram-me sempre que devo relativizar o meu queixume sobre a dificuldade da
Vida. Dificuldade o caraças!
Estas mulheres são extraordinárias. E agora, posso absorver delas a sua
força. Basta contemplá-las...
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