AQUI E AGORA


Manhã cedo. Eu mais uns gatos pingados. O resto do mundo não acredita que por aqui está um dia magnifico. Sol aberto e bem quente. Vento, sim. Mas quente. Água que não incentiva ao grito quando nos atinge a cintura.

Cabelos soltos, a deixar que o vento brinque com eles. Pés a serem massajados pela areia. Melanina que vem e se mostra, sem vergonha, ao Sol.

Silêncio no ar, quebrado pelo bater das ondas no areal. Ao longe, barcos de pesca. Ao perto, espuma branca do mar, conchas variadas, pedrinhas. O olhar perde-se pelo areal, pela linha branca que se forma e separa o azul do castanho.

Cabeça esvaziada. Peito aberto. Coração aconchegado. Zero preocupações. Não hoje. Não agora. Não aqui.

Três horas depois nuvens negras tapam o Sol. Vento gelado clama por um casaco. Nem com o resguardo do páravento se consegue não bater os dentes. 

Hora de ir embora. Nada de tristeza, o que usufrui e bebi naquelas três horas foi tão bom... estive em modo "Aqui e Agora" total, durante todo o temp que lá estive. 

Privilégio. Muito grata. E por vezes, nada mais é preciso para se saborear Felicidade...

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