Domingo. Sair da cama devagar. O corpo desliza lentamente dos lençóis para o chão.
Abrir o peito. Respirar fundo. O dia é teu. Livre. Para fazer o que te apetecer.
A praia chama-me. O céu veste-se de cinzento, a chuva espreita. Mas a praia chama-me. O Mar reclama a minha contemplação. Os meus pés exigem o toque na areia. Mesmo que molhada pela chuva.
Solidão. Das boas. Das que te serenam. A única na praia. Caminho pela linha de água, sentindo o prazer do pé na areia e a água pelos tornozelos. Calças molhadas pelo Mar que me atinge. Pouco me importando com isso.
Estou comigo, com o Mar, com a completitude deste momento. Deste Aqui e Agora. Perfeito.
A chuva cai. Resisto a abrigar-me. Permito-me sentir as suas gotas a polvilharem o meu cabelo, a minha face, a minha alma.
Silêncio absoluto. Do pensamento. No coração, pulsa a emoção de apenas Estar. De apenas Sentir. Sem "ses" ou "mas".
Na alma, serena o Ser. Existe-se apenas. Desligam-se todas as fichas de preocupações e ansiedades que diariamente nos perturbam a Paz.
Hoje não. Aqui nada. Agora... Tudo.
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