OUVE...


Por vezes dá um aperto no coração. Que nos apanha completamente desprevenidos. Sem pré-aviso, estremecemos. De susto. Perante a possibilidade de perdermos tudo. Tudo.

O Sol pode não brilhar amanhã. Porque já cá não estás para o admirar. Podes não ver os rostos de quem amas quando acordares. Porque não cuidaste, prezaste, mimaste. Porque deste como garantido. Tudo. E todos...

Ao longo destes 44 anos, tenho lenta mas firmemente integrado que querer antecipar cenários, controlar emoções - próprias e externas a mim - e almejar o perfeito... é um exasperante, infrutifero e inglório gasto energético. De nada vale. De nada serve, com uma excepção: impede-me de viver o Presente. De usufruir do Agora. De apreciar em pleno o Ser - meu e de quem mais prezo.

Por isso decidi há já algum tempo fazer algo que não me é ainda completamente natural. Mas que à medida que o vou escolhendo, diaria e conscientemente, mais fluido e inerente a mim se torna, cada vez mais parte do meu Ser é: Ouvir a minha Voz Interior. A minha Intuição.

E a minha Intuição diz-me 500 mil vezes que devo celebrar o que sou. E celebro.

Que devo dançar dentro do carro ao som de uma musica que adoro, apesar de os outros condutores poderem emitir opiniões menos positivas. E danço.

Que devo saborear cada segundo deste Amor que a mim veio ter, com tranquilidade, serenidade e sem medo. E saboreio.

Todos os dias uma decisão consciente. Uma escolha inerente. Uma opção de Vida. A única. Que pode. E leva.

À Felicidade...

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