Quando se chega pela primeira vez a Luanda, tudo é um choque. O clima é sempre muito quente, o pó anda sempre no ar, as ruas estão sempre com lixo nas bermas, o trânsito é sempre de loucos, há sempre imensas pessoas a passar de todo o lado para todo o lado, é sempre difícil encontrar certos produtos alimentares que na Europa damos por garantidos.
Mas quando se chega a Luanda também somos confrontados com outras surpresas: as pessoas são muito acolhedoras, as paisagens naturais são de se perder o fôlego, a água do mar é limpa e temperada, os pratos típicos são deliciosos, a natureza ainda é preservada, o tempo parece correr mais devagar, aprende-se a fazer do pouco muito e a perceber que se calhar não era preciso o muito que se queria anteriormente. Deixa-se de estranhar. Para se começar a entranhar.
Mais do que palavras, imagens. Do que choca e do que deslumbra. Do mau que se vai relativizando e do que levita e serena, até se esquecer as horas.
Musseque da Praia do Bispo
Baía de Luanda
Trânsito - 5 filas de carros em 3 faixas de rodagem
Praça na Baía de Luanda
Acácia branca
Sangano - Terra seca depois de 3 horas de sol matinal
Corvina pescada de madrugada e comprada 3 horas depois na praia
Sentir o mar ao pôr do sol
Lojas de comércio local
Cliente improvável no restaurante
Museu militar instalado na Fortaleza de São Miguel
Mussulo
Caramboleira (acho eu...)
Contrastes que chocam. Contrastes que se misturam e que convivem lado a lado em aparente harmonia. A confusão está apenas, pelo que parece, nos olhos e mente de quem ainda não os integrou no seu interior.
Estamos a lá chegar. Estamos a lá chegar...
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