A LEVEZA DAS LÁGRIMAS

Créditos:www.projetoalchimac.org

Lágrimas. Muitas vezes vistas na nossa sociedade como sinal de fraqueza. Como sinal de que não aguentamos a pressão. Como prova de que não temos o que é preciso para lidar com os desafios da vida.

"O homem não chora", "A criança que está sempre a chorar tem mimo a mais ou é birrenta", "A mulher de lágrima fácil é frágil". Soam familiares estas frases? Já alguma vez foram dirigidas a ti ou a alguém que conheces?

Pois... 

Cresci a vivenciar estas "verdades". Mas agora, já adulta e a meio do caminho para completar a minha 41ª volta ao sol, comprovo que a lágrima e o acto de chorar são na realidade algo bem diferente do que me fizeram acreditar antes: chorar lava a alma e alivia o peso nos ombros que muitas vezes sentimos! E permitirmo-nos chorar à frente do outro mostra a nossa vulnerabilidade que, ao mesmo tempo, é a nossa força (falo disso aqui).

Chorar derruba os muros invisíveis que erguemos para nos isolarmos do resto de mundo, amacia a nossa raiva, sensibiliza-nos para a dor do outro, clareia e limpa os buracos negros que muitas vezes nos atormentam. 

Chorar permite-nos sentir as emoções, sentirmo-nos vivos.
(quando muitas vezes queremos sentir nada...)

E se nos permitirmos sentir, as lágrimas serão mais frequentemente de alegria, de sentido de missão cumprida, de felicidade. 

Chorar pode muito bem ser uma excelente forma de começar o nosso dia...

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