DEVAGARINHO...


Com o tempo aprendi a gostar de mim. Devagarinho, lentamente, fui-me aceitando. Devagarinho, lentamente, fui largando o dogma da perfeição. Devagarinho e muito lentamente, fui compreendendo que a beleza, a real, é invisível ao olhar. Nao tem medidas definidas, não veste marcas xpto e não se pronuncia com maquilhagem.

Com o tempo aprendi a adorar partes do meu corpo. E a salientá-las sempre que possível, para meu gáudio individual. Os ombros são uma delas. Adoro vê-los a descoberto. Sinto-me especialmente sexy com uma blusa ou top que os mostre.

E porventura isto pode parecer insignificante ou fútil para alguém. Talvez porque para esse alguém, amor próprio é algo ainda não por si experienciado...

Olharmo-nos ao espelho e gostarmos do que vemos é muito bom. Olharmo-nos ao espelho e dizermos à pessoa nele refletida que nos sentimos bem na sua pele, que ela é bonita tal como é, que não mudariamos rigorosamente nada, nem um centimetro do seu corpo... é do melhor que há. Porque significa que nos bastamos. Que nos aceitamos. Que nos amamos.

E quem chegar à nossa vida, virá sempre para acrescentar. Nunca para completar. Porque inteiros nós sempre fomos. E se disso temos plena consciência, então tudo fica alinhado. Para sermos felizes. 

Pode demorar algum tempo. Para nos amarmos. Mal nenhum nisso, basta apenas querer. 

Devagarinho... lentamente... chegamos lá.

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