Por vezes perdemos uma perna. O Norte. A sanidade. Por vezes arrancam-nos parte de nós, sem dó nem piedade e outras tantas, somos nós a anular, a aniquilar, a deixar ir, sem luta, partes de nós.
Ficamos coxas. Incompletas. Muitas vezes com a sensação de vazias, apesar de tudo permanecer dentro, intacto. Chegamos a acreditar que vai ser sempre assim... este vazio, esta incompletude.
Por vezes temos de gritar por ajuda. Estender o braço e pedir que nos agarrem. Que nos içem para fora do poço. Por vezes temos de aceitar e abraçar a vulnerabilidade. E expô-la, sem medo.
Porque, por vezes, aceitar a vulnerabilidade significa Força. Coragem. Fé. Nossa e em nós.
E só por isso, de todas as vezes que foram por vezes, ficamos melhor. Curamos mais um pouco cá dentro. E o que se perdeu... volta a crescer. E a ocupar o seu lugar...
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