12 VOLTAS


Quando a minha primeira filha nasceu, sabia zero do que era ser pessoa inteira. Ainda estava a construir-me (ainda estou...).

Quando ainda era mãe de primeira viagem, dominava népia do que era ser progenitora. Ainda andava a consolidar que me era permitido falhar, não ser a mãe perfeita (ainda ando...).

Ainda assim, desejei ferozmente. O meu coração clamava. O meu corpo gritava. Por ser novamente mãe. E à 12 anos atrás, colocam-me nos braços esta menina. Doce, calma, e serena. Ela. Eu... aterrorizada. Caramba, que responsabilidade, pensava eu. Que irresponsabilidade, passou-me pela cabeça. Queria tanto ser a melhor mãe do mundo para ela e para a irmã, queria tanto dar-lhes tudo de mim, queria tanto fazer tudo bem...

12 anos depois, tenho a certeza que fiz muita coisa mal. Mas outras tantas muito bem. E 12 anos depois, sei que sou a mãe que ela precisa que eu seja. Para ela. E para mim.

E hoje, 12 anos volvidos, sou mãe de uma miúda carismática, divertida e com uma auto-confiança brutal. 

Afinal... aqui a mãe até que se tem safado...

1...


Ui, já se completou um ano de Felicidade com o Amor da minha Vida?!? Cum caneco!, vamos lá brindar a isso!

TU...

Cada dia vivido contigo e a certeza se crava em mim: Tu. Para sempre.

Cada desafio superado, cada dia menos bom partilhado, cada gargalhada provocada só porque sim... e o caminho se cimenta à minha frente: Tu. Para sempre.

Mesmo que o para sempre seja só até amanhã...

Porque hoje aqui estás, ao meu lado. A fazer-me feliz. A segurar-me a mão. A beijar-me a alma.

Porque hoje aconchegas-me o coração. Mimas-me com sorrisos. Despes-me com o teu olhar...

Pode durar só até amanhã. Mas hoje, hoje... o Lado Certo sabe: Tu. Para sempre...

NO MEIO DO CAOS

Ser. Apesar do caos. Acreditar. Apesar das mentiras gritadas. Resistir. Apesar dos empurrões. Levantar. Apesar das quedas. Olhar em frente. Apesar dos panos negros erguidos.

Porque não se trata só de ti e dos outros. É a tua alma que está a ser posta à prova. É o teu coração que está a ser puxado. É a tua integridade emocional que está a ser testada.

E nada tens a provar a terceiros. Apenas tens a zelar. O teu amor-próprio. O teu Lado Certo. O teu Ser.

Porque tudo à tua volta pode estar em ruínas. E parecer que nunca mais delas vais sair. Mas se olhares em frente... E para cima... Vês o horizonte. O Céu. O Sol...

E sabes que no meio das ruinas há mais do que apenas pedras empilhadas. Mais do que é. Mais do que foi. Mais do que deixou de ser. 

Tu sabes... que no meio das ruínas estás tu, sobrevivente. Tu, resiliente. Tu, em pé. Estóica. 

Tu sabes... que embora tudo agora seja caos, o Sol que te ilumina te mostrará o caminho. E das ruínas sairás. 

Tu sabes... 

Acredita. 
Acredita. 
Acredita...